domingo, 4 de outubro de 2015

PELA ALEGRIA DE VIVER

PELA ALEGRIA DE VIVER 


Senhor, eu gostaria de declarar-te que amo a vida, que para mim é belo e é consentida; gostaria de dizer-te da minha felicidade, por isso eu venho louvar quando outros estão a blasfemar. Quero agradecer falar-te que para mim a vida tem um significado de amor. Muito obrigado, Senhor pelo que me deste, pelo que me dás, pelo pão, pela paz. 

Pela beleza que os meus olhos vêem no altar da natureza, olhos que fitam o céu, a terra e o mar, que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil, que se detêm na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil. Muito obrigado, senhor, porque eu posso ver meu amor, mas diante da minha visão,pelos cegos eu te formulo uma oração, porque eu sei que depois de se debaterem na escuridão, de andarem na multidão, de tropeçarem na solidão no teu reino ele também enxergarão.

Muito obrigado, pelos ouvidos meus, que me foram dados por Deus ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro a melodia dos vento nos ramos do salgueiro, ea as lágrimas que choram pelos olhos do mundo inteiro: Ouvidos que ouvem a música do povo, que desce do morro á praça, a cantar, a melodia dos imortais, que agente ouve uma vez, enão esquece nunca mais. A vez melodia, canora, e melancólica do mundo inteiro.

Pela minha faculdade de ouvir, pelos surdos eu te quero pedir eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor,eles voltarão a sentir. Muito obrigado pela minha voz, mas também pela tua voz, pela voz que amo, que canta, que ilumina, que instrui, que educa, que legisla, pela voz que o teu nome profere com sentida emoção. Por isso eu te faço uma oração porém, me lembrando daqueles que vivem na ofasia e não falam de noite, nem de dia, eu te quero rogar por eles, porque eu sei que depois dessa dor no seu reino de amor, também cantarão.

Muito obrigado pelas minhas mãos, principalmente pelas mãos que aram que trabalham que semeiam, que agasalham, mãos de amor, mãos de ternura, mãos que libertam da amargura, mãos de caridade, de solidariedade, mãos que estreitam mãos de psicografias, de cirurgias, mãos de sinfonias. Pelas maõs dos adeuses, que limpam feridas, que enxugam lágrimas das vidas que atendem a velhice e a dor, o desamor pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio, semreceio, e pelos pés que me levam a andar, sem reclamar, muito obrigado, Senhor, porque eu me posso movimentar.

Diante do meu corpo perfeito eu te quero louvar, porque eu vejo na terra infelizes, aleijados, amputados, marcados,paralisados, que não podem andar. Oro por eles e rogo comiseração, porque eu sei que, depois desta expiação, na outra encarnação, eles também bailarão. Muito obrigado, por fim pelo meu lar é tão maravilhoso ter um lar e não é importante se esse lar é uma mansão, ou uma tapera, um ninho, ou uma casa no caminho, um grabato de dor; um bangalô, ou seja lá o que for.

Mas é importante que dentro dele existia a figura do amor; do amor de mãe ou e pai, da esposa ou de marido, de filho ou de irmão, a presença de um amigo, de alguém que nos dê a mão, pelo menos a companhia de um cão, porque é muito doloroso viver na solidão. Mas se eu a ninguém tiver para me amar nem um teto para me agasalhar, ou uma cama para me deitar, nem aí eu reclamarei nem maldirei, porque eu tenho a ti e te quero dizer: Obrigado Senhor, porque eu nasci, muito obrigado, porque eu creio em ti, pelo teu amor, educando-nos para a plenitude do ser.

 Muito Obrigado Senhor!

Fonte: Livro: Entrevista e Lições

(Divaldo Pereira Franco)

1.Edição – 1 ao 5 milheiro/1999
Editora Espírita Paulo de Tarso – Goiânia
CIP. Brasil – Catalogação na Fonte
(Biblioteca Municipal “Marieta Telles Machado”)








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