segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O PAPAGAIO QUE IMITIA LUZ

O Papagaio que emitia Luz 

No dia quatro de Janeiro de 1933, após ministrar johrei como parte de sua rotina diária, Meishu-Sama saiu ao jardim. Ali ele soltou um grande papagaio onde estava pintado um retrato de Dharma (um monge budista da índia, famoso no Japão). Naquele momento, por acaso eu estava n jardim e vi seu papagaio muito alto no céu. Que espetáculo bonito aquele! De repente, notei que o grande papagaio emitia uma luz vermelha em todo o seu contorno. 

Vista de baixo, a luz parecia ter uma largura de aproximadamente dois metros. Cintilava com tal brilho que parecia enviar centelhas em todas as direções. Tomei-me de espanto diante dessa visão majestosa e chamei todos de dentro de casa para que pudesse ver também. Todos vieram, olharam e ficaram maravilhados, cheios de veneração. Após alguns instantes, Meishu-Sama disse a um dos presentes. Por favor, segura isto para mim por um instante. “Passando-lhe o cordão do papagaio, dirigiu-se para dentro de casa. A partir do momento em que Meishu-Sama passou o cordão á outra pessoa, a luz que envolvia o papagaio desapareceu. Quando ele retornou e segurou o cordão novamente, a luz voltou a brilhar como antes.

Fiquei tão fortemente impressionado com o que via que não pude deixar de perguntar-lhe o significado. Ele respondeu: “Nada há de estranho sobre isso. A Divina Luz de Deus, que emana através do interior de meu ser, flui de minha mão e percorre o cordão até o papagaio. Uma vez que não pode prosseguir ela se irradia do papagaio”. Ele explica tudo com tanta simplicidade como se fosse muito natural, mas os que ali estavam ficaram tão impressionados que chegaram a chorar. A luz sempre emanava do corpo de Meishu-Sama, mas por alguma razão de ordem divina, geralmente era invisível. Naquele dia, contudo todos os que ali se achavam tiveram o privilégio de ver essa maravilhosa luz. 

(Um Servidor)

Fonte: Reminiscência sobre Meishu-Sama
Edição (Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
5. Edição/ Dezembro/1987 – Vol. II – São Paulo/SP.
Pág.(12/13)






DEVEMOS SER PESSOAS QUE RECEBEM A GRATIDÃO DO PRÓXIMO 


Em 1945, ano em que terminou a Segunda Guerra Mundial, sofri um deslocamento da bacia e, nessa ocasião o espírito de minha irmã mais nova se manifestou e disse que se eu não recebesse johrei de Meishu-Sama não melhoraria. Disse-me ainda que, após ser curado por ele, eu deveria servir á Obra Divina, sendo esta a razão pela qual não poderia deixar, de jeito algum de solicitar-lhe johrei.

Na época, eu não acreditava em fenômenos espirituais; mesmo assim, decidi solicitar johrei a Meishu-Sama por intermédio do Ministro. Entretanto, logo depois que falei com meu superior, minhas pernas perderam completamente as forças e eu não conseguia mais ir até Meishu-Sama, nem mesmo carregado. O Ministro então pensou: “Do jeito que ele está não acredito que melhore em um ou dois dias, mesmo recebendo johrei. É impossível” e acabou não solicitando johrei a Meishu-Sama.

Nesse meio tempo, o secretário de Meishu-Sama, o Senhor Inoue, preocupado com o meu estado, telefonou-me para saber como eu estava. Respondi-lhe: “Desloquei a bacia e não posso me mover”. O Senhor “Inoue pediu-me que aguardasse na linha, dizendo: ‘Vou falar com Meishu-Sama”. Ao retornar, comunicou-me que Meishu-Sama havia dito: ”Mande-o vir imediatamente”. Naquela época, porém era muito difícil arranjar um carro e tive que esperar um dia inteiro. Ligavam-me da residência de Meishu-Sama de manhã e de noite, pedindo-me que fosse o mais rápido possível. Finalmente, consegui um carro e fui diretamente ao seu encontro.

Quando lá cheguei, fui logo encaminhado aos seus aposentos. Enquanto, me ministrava johrei, Meishu-Sama me disse: “Você está realmente muito fraco. Se deixasse passar mais uma semana estaria correndo risco de vida”, o que me assustou profundamente. Naquele dia, Meishu-Sama ministrou-me johrei por tão longo tempo e com tanta atenção, que eu não sabia o que dizer. Meishu-Sama transmitiu ao meu coração o seguinte Ensinamento: “É assim que devemos ministrar johrei quando alguém purificar”. Meishu-Sama preocupou-se muito comigo, naquela oração. Ele me disse: “Mesmo que um alto funcionário do governo venha me solicitar johrei eu não ministro. Mas se for uma pessoa útil á Obra Divina, tudo faço para salvá-la”.

Ouvindo palavras tão calorosas, não pude conter ás lágrimas que insistiam em rolar. Dez dias depois, Meishu-Sama disse-me: “Agora não há mais perigo. Finalmente, posso ficar sossegado! Estive tão preocupado com seu estado, que até a noite passada não conseguia dormir tranquilamente”. Ao ouvir tais palavras, fiquei tão grato e emocionado que não consegui articular nenhuma palavra de agradecimento. Meishu-Sama sempre dizia: ”tentar mostrar-se importante é muito mais trabalhoso do que receber a gratidão do próximo”. Sempre que me lembro dessas palavras, vem-me nitidamente á memória a gentileza de Meishu-Sama para comigo quando tive minha vida salva por ele. Naquele dia, pensei: “Mesmo uma pessoa como eu,sem instrução nem formação especial, pode ser utilizada na Obra Divina, se servir de corpo e alma”.

(Um Ministro)

Fonte: Livro/ Reminiscências sobre Meishu-Sama
Vol.II – São Paulo/SP.
5. Edição /Dezembro/1987 
Edição (Fundação Mokiti Okada – M.O. A) 




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