terça-feira, 15 de outubro de 2013

Momento de Reflexão/ Mensagens

Verdadeiras Jóias

Narra uma lenda romana do século II antes de Cristo, que uma Matrona Romana, de nome Cornélia, tinha dois filhos. Certo dia chamou os meninos que brincavam no jardim e lhes disse que, naquele dia, deveriam receber a visita de uma amiga para jantar. Ela era muito rica e viria para lhes mostrar suas jóias. Quando a mulher chegou, ambos os irmãos arregalaram os olhos, ao ver os anéis que trazia nos dedos, os braceletes nos braços, as correntes de ouro que contornavam seu pescoço e os fios de pérolas que cintilavam nos seus cabelos. Olharam para sua mãe, que trajava uma túnica branca, sem adereços, e na cabeça trazia somente suas tranças enroladas. 

Um servo trouxe uma caixa e a colocou sobre a mesa. E, ante a surpresa dos meninos, a mulher lhes mostrou rubis vermelhos como sangue, safiras azuis como o céu, esmeraldas verdes como o mar, e diamantes que luziam ao sol. O menorzinho sussurrou para o maior: Seria tão bom se nossa mãe pudesse ter algumas dessas pedras ou dessas jóias. Olhando com quase piedade para Cornélia, a ilustre visitante lhe indagou: É verdade que você não tem jóias? Será verdade que você é assim tão pobre? 

Sem pestanejar, a anfitriã respondeu: De forma alguma. Tenho jóias muito mais valiosas que as suas! Os irmãos Tibério e Caio se entreolharam. Seria possível que sua mãe possuísse jóia e eles não soubessem? Acaso teria ela um cofre secreto? Seriam suas jóias de tamanho valor que ela não as usasse, temendo ladrões? Mas Cornélia se aproximou dos dois filhos, abraçou-os sorrindo e falou: Estas são as minhas jóias. Não são muito mais preciosas do que as suas pedrarias? São verdadeiramente jóias preciosas os filhos que nos chegam. Algumas pedras brutas para lapidação, outros já deixando perceber o fino trabalho da ourivesaria dos tempos, da lapidação das várias vidas. 

Quantos de nós nos apercebemos de tal riqueza? Quantas vezes preferiram ilusões do mundo a estar com nossos pequenos? Quantas vezes preferimos colocar-nos ante a televisão, permitindo que os anos se sucedam e nossas preciosidades cresçam sem o cuidado e o carinho de que necessitam! E haverá algo mais precioso do que o sorriso de uma criança? De um abraço generoso? De suas carícias com as mãozinhas tépidas em nossos rostos? Atendamos aos nossos pequenos, jóias raras que Deus nos confiou por breve tempo. Não percamos oportunidades de estar com eles, de senti-los, de amá-los. 

Porque de todos os tesouros do Universo, o amor é o mais valioso e duradouro.



Cornélia era mãe de Tibério e Caio Graco, que se tornaram Estadistas em Roma. 

Quando o povo romano erguia Estátuas em honra dos irmãos, nunca se esquecia de prestar tributo à mulher que os ensinara a ser sábios e bons.

Fonte: (Redação do Momento Espírita, com base em lenda romana do século II a.C. Disponível no CD Momento Espírita nº 4, ed. Fep)




A sua Tarefa 

Deus dotou os Espíritos do princípio de todos os dons. Entretanto, os criou em estado de simplicidade e ignorância. Cada um deve desenvolver a própria potencialidade, por seu mérito e esforço. Nesse processo de aprendizado, a Terra funciona como um educandário. Os Espíritos que se situam em determinada faixa evolutiva nela encarnam para terem as experiências de que necessitam. A vida humana não é feita de acasos. 

A família em que se nasce o meio social em que se vivem certas experiências marcantes, tudo isso é planejado. Antes de encarnar, o Espírito é auxiliado a perceber suas dificuldades e se dispõe a enfrentá-las. Ele verifica as áreas em que necessita burilar-se e programa a próxima existência terrena. Assim, quem se deixou tomar pelo orgulho encaminha-se para uma vida obscura. 

Aquele que chafurdou na promiscuidade enfrenta bloqueios e complexos na área da sexualidade. O rico avarento de o passado programa viver a experiência da pobreza. O mau patrão retempera-se na condição de modesto e sofrido empregado. Quem não amparou devidamente seus filhos pede para viver na condição de órfão. Outros ressurgem em posições de destaque, a fim de se dedicarem à causa do bem. Tentados por facilidades e distrações, necessitam encontrar forças para utilizar seus recursos em favor do próximo. 

A beleza, o poder e a fortuna são provas difíceis, pois freqüentemente instigam o orgulho e o egoísmo. Muitos fracassam quando passam por tais experiências. Mas a realidade é que a vida terrena destina-se a promover o aprimoramento do caráter e do intelecto. Ela é fruto de um sério planejamento. Entretanto, nem tudo está pré-determinado. O livre-arbítrio é preservado e cada um responde pelas resoluções que toma e pelos atos que pratica. 

Do mesmo modo, nem todas as ocorrências são antecipadamente previstas. As pessoas com quem se convive não são necessariamente partícipes de um passado comum. Alguns problemas, dores, desgostos e enfermidades são inerentes ao viver terreno. A maioria dos desconfortos e transtornos são frutos de imprevidência atual. Quem se permite atitudes antipáticas e rudes transforma meros conhecidos em desafetos. O certo é que o Espírito é inserido em dado contexto, no qual se defronta com situações que precisa resolver. Freqüentemente, uma criatura inveja a sorte de outra. 

Os problemas alheios sempre parecem de fácil solução. As dores dos outros nunca se afiguram muito graves para o observador. Mas cada qual vive o que necessita. As próprias tarefas são difíceis porque correspondem a áreas de dificuldade. Para seguir adiante, é necessário fazer a lição do momento. Assim, pare de se debater com as exigências de sua vida. Não procure fugir de seus problemas e aflições. 

Dedique-se antes a resolvê-los, a fim de libertar-se deles. Se a vida lhe pede paciência em face de situações inelutáveis, seja paciente. Perante um familiar ou um chefe difícil, exercite a tolerância. Comporte-se como um estudante que deseja passar de ano. Cesse as reclamações e faça a lição. Pelas dificuldades que você enfrenta, pode perceber quais são suas deficiências evolutivas. Empenhe-se firmemente em burilar o seu caráter. 

Adote um patamar nobre de conduta e jamais se afaste dele. Você nasceu para amealhar virtudes, para ser digno e bondoso. 

Essa é a sua tarefa. 

Pense nisso! 






A Felicidade na Terra 

É possível ser feliz na Terra? 

Nos momentos em que você projeta seus sonhos para o futuro, em que planeja o porvir dos dias, em que busca imaginar como estará sua vida no amanhã, você já se fez esta pergunta? Será possível conquistar a felicidade na terra? 

A máxima do Eclesiastes é bastante objetiva, quando afirma que "a felicidade não é deste mundo". Com efeito, nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude florescente, são condições essenciais da felicidade; e ainda mais, podemos afirmar que nem mesmo a reunião destas três condições, tão desejadas, consegue trazer ao homem o verdadeiro sentimento de ser feliz. 

É natural que esta seja a verdade, já que a humanidade ainda está na infância de sua evolução, e por esta razão, a felicidade completa, absoluta, ainda se encontra distante de nossas possibilidades. Estamos no planeta das expiações, destas oportunidades benditas de resgatar equívocos do passado. Estamos no planeta das provas, das situações e experiências que visam verificar o aprendizado que vimos realizando ao longo das existências. Estamos no planeta do sofrimento, da lapidação aplicada ao diamante bruto, para que este possa fulgir como estrela. Assim, a felicidade absoluta, constante, plena, aguarda-nos no futuro, como conseqüência natural de todo nosso esforço em ultrapassar todas as fases do desenvolvimento. 

Mas que isto não nos traga desânimo! É possível sim, melhorar as condições de nossas vidas. É possível multiplicar os momentos de alegria que temos. É possível sermos mais felizes do que já somos! Para isto, estão em nossas mãos os ensinamentos do Cristo, com suas consolações e esperanças. Para isto, estão conosco as lições inesquecíveis do Mestre, mostrando-nos que o amor ao próximo nos faz mais felizes, mais completos. A felicidade plena, realmente não é deste mundo ainda, mas o entendimento dentro de nossas famílias é possível. O perdão a alguém que nos prejudicou é suave alívio. Amar profundamente um pai, uma mãe, um filho, já se faz real em nossos dias.

Ame, pois o sentimento de amar alguém irriga nossos campos íntimos com a felicidade. Viva o bem, já que a consciência tranqüila, a consciência em paz, será a grande responsável pela conquista da felicidade futura. Sobre a felicidade que podemos alcançar na Terra, os Espíritos superiores nos dizem que, na vida material, ser feliz é ter a posse do necessário; e que na vida espiritual, a felicidade está na consciência tranqüila e na fé no futuro. 

É esta fé que nos faz ver os objetivos distantes, como alcançáveis. E esta fé que remove montanhas, mostrando-nos que atrás delas, espera-nos o nascer do sol de uma felicidade sem fim. 


(Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de "O Evangelho segundo o Espiritismo", Allan Kardec, cap. V, item 20) 




Na Bênção da Vida 

Mal você acorda pela manhã, e muitas preocupações passam a ocupar a sua mente. São tantas as providências que tem a tomar que muitas vezes fica atordoado e nem vê o dia acabar. As coisas mais comezinhas e as mais graves são alvos de sua atenção, ocupando-lhe as horas. A noite chega e, quando você se dá conta está exausto, extremamente exausto. 

Mastiga o jantar enquanto tenta digerir os problemas que ficaram pendentes. Bem, mas agora é só amanhã. Um banho rápido e, cama. Isto é tudo o que conseguirá fazer. Algumas horas de sono e novamente o dia lhe convida a agir... E lá vai você outra vez. 

As horas se sucedem, os dias se vão, os meses se transformam em anos, e você passa pela vida sem se dar conta das muitas bênçãos que ela lhe oferece, bem como a todas as criaturas que dividem com você o planeta. Mas, apesar da indiferença, um novo dia se apresenta para ser vivido. E este dia talvez seja oportuno para você lançar um olhar mais atento ao mundo a sua volta buscando interagir, de maneira consciente, com essas forças inteligentes. Descubra o valor das concessões que o senhor lhe faz pelas mãos da vida e distenda alegria e reconhecimento por toda a parte. 

Observe a natureza, abençoando sem cessar, através das próprias forças em movimentos. Nascem frutas saborosas em árvores cujas raízes se prendem à lama. Correm brisas leves, entoando melodias suaves, em apertados vales onde cadáveres se decompõem. Cai o orvalho da noite sobre o solo ressequido e misérrimo, crestado pelo sol. Voejam borboletas delicadas nos rios de ar ligeiro qual festival de cor flutuante sobre campina pontilhada de flores miúdas. Desabrocham, além, espécies variadas da flora que o pólen feliz fecunda em todo lugar. Rutilam constelações no manto da noite salpicando a terra de diamantes preciosos. 

Em cada madrugada renasce o sol dourado, purificando o charco, vitalizando o homem, atendendo à flor sem indagar da aplicação que lhe façam dos raios beneficentes. Não se detenha e recorde os tesouros com que o bem lhe enriquece o coração, através dos valiosos patrimônios da saúde e da fé, da alegria e da paciência, e vá em frente. Indiferença é enfermidade. 

Medo é veneno que mata lentamente. Acenda a luz da coragem na alma, a fim de que você não se embarace nas dificuldades muito naturais que seguem ao lado dos seus compromissos em relação à vida. Confiança em nossos atos é fortalecimento para a coragem alheia. Otimismo nas realizações também é aliança de identificação com as esferas superiores. 

Pense nisso! 

Você não está no mundo em vão. Aproveite a oportunidade, valorize as bênçãos da vida, difunda gratidão e alegria por onde passar, com quem estiver, com as concessões que possuir, justificando em atos edificantes a sua passagem pela terra. 

Você não é figurante nos palcos da vida terrestre: é protagonista, é lição viva, é peça importante nessa imensa engrenagem chamada sociedade. 

Pense nisso, e movimente-se em harmonia com essas forças poderosas e inteligentes que agem por toda parte. 


(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. Na Bênção da Vida, do livro Ementário Espírita, ed. Leal) 








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