terça-feira, 8 de janeiro de 2013

JUÍZO FINAL : O Fim do nosso Sentimento Egoísta


Juízo Final: O Fim do nosso Sentimento Egoísta 



Felicitações a Todos pelo Culto do Paraíso Terrestre!

Com profundo e imenso, respeito, digo-lhes que o único e Supremo Deus vive, com certeza, dentro de cada um de nós e de todas as existências. Meishu-Sama nos ensinou que o propósito do Supremo Deus para com a criação é estabelecer o Paraíso Terrestre. Penso, portanto, que estabelecer o Paraíso na Terra significa retornar ao Paraíso presente dentro de nós e tornar-nos verdadeiros filhos do Criador. 

Para poder realizar seu propósito, o Supremo Deus colocou sua vontade no espírito da palavra Messias e alojou-a em cada um de nós e em todas as existências. Assim, ele está nos criando e educando. Meishu-Sama nasceu novamente, cumprindo este propósito. Por essa razão, agradeço de todo coração e louvo o Supremo Deus pela graça de unidos a Meishu-Sama, podermos servir ao propósito da criação juntamente com nossos pais e antepassados, com toda a humanidade, enfim, com todas as criaturas. Como todos sabem, muitas pessoas foram afetadas pelo grande terremoto que atingiu o nordeste do Japão. Contudo, em decorrência da crise nuclear, ainda existem muitos desabrigados. Tenho recebido constantes relatos sobre a situação dessas pessoas e de seus familiares. 

Tudo o que estão passando vai muito além da minha imaginação. Mesmo na dor e no sofrimento, elas descobriram a gratidão e a alegria e, ajudando um ás outras vivem seus dias com entusiasmo e otimismo. Fiquei muito comovido quando soube disso. Emocionei-me também quando soube que o brilho dos membros de Meishu-Sama está iluminando as pessoas á sua volta, transmitindo-lhes tranqüilidade e esperança. Agradeço a atuação de Meishu-Sama, que nos vem guiando dessa maneira. E, inspirado na postura desses messiânicos, quero empenhar-me para sempre confiar nele e nuca esquecer o sentimento de gratidão, haja o que houver. 

Sei que as campanhas em prol das vítimas continuam e que muitos estão contribuindo com dinheiro e produtos de primeira necessidade, desejando ser útil ás pessoas que foram afetados por esta catástrofe. Sinto-me muito agradecido e, ao mesmo tempo, encorajado pela atitude sincera e solidária de todos os senhores. Além disso, agradeço de coração aos messiânicos de todo o mundo que, desde a ocorrência do terremoto, logo nos prestaram solidariedade e carinho, enviando ajuda financeira e doações. 

Por intermédio desta catástrofe e de todo o trabalho de recuperação que vem sendo desenvolvido, Meishu-Sama está nos ensinando que as vítimas estão ligadas a toda humanidade, a começar pelo povo japonês e que, juntos, estamos todos sendo conduzidos á verdadeira salvação. Para conseguirmos servir ao propósito Divino com o sentimento renovado, precisamos fazer uma reflexão sobre nós mesmos e seguir adiante com passos firmes. Neste sentido, desejo que as Práticas do Sonen de Gratidão e do Amor Altruísta, desenvolvidos pelos senhores, cresçam e ganhem plenitude para que nos aproximem do sentimento de Meishu-Sama. 

Bem, hoje faz 80 anos que Meishu-Sama subiu ao topo do Monte Nokogiri, na manhã do dia 15 de junho de 1931, e recebeu a revelação sobre a transição da noite para o Dia no Mundo Espiritual. 

O primeiro salmo entoado hoje diz: 

“No maravilhoso dia 15 de junho de 1931, abriram-se as portas do céu”. 

Meishu-Sama compôs este poema para o culto realizado no dia 15 de junho de 1951, exatamente 20 anos após ter recebido a Revelação sobre a Transição da era da noite para a Era do Dia. O fato de ele ter escrito “abriram-se as portas do céu” não significaria que as portas do seu próprio coração, sem que ninguém soubesse, tinham se aberto, permitindo penetrar luz na escuridão? Portanto, este poema demonstra que, para Meishu-Sama, a data 15 de junho de 1931 representa o dia no qual ele confirmou, por si mesmo, que a transição da noite para o Dia fora consumada no interior de sua própria consciência. 

Creio que Meishu-Sama percebeu este acontecimento justamente porque o Supremo Deus está realizando a grande transição no Paraíso, que é o centro do mundo do espírito. Sinto que ele está querendo que cada um de nós reconheça a abertura das portas do céu em nossos corações, da mesma maneira que ele confirmou isso dentro de si. Estamos unidos a Meishu-Sama, independente de estarmos no Mundo Espiritual ou na Terra. Por conseguinte, assim como ele se deu conta desta transição, certamente nós também conseguiremos captá-la em nossa própria consciência. 

Meishu-Sama também escreveu o seguinte Poema: 

“Se as portas do coração de todos 

Os homens se abrirem, 

Desaparecerão as trevas deste mundo”. 

Para corresponder ao sentimento de Meishu-Sama, creio que preciso reconhecer docilmente que as portas do meu coração já foram abertas e que a Transição da Noite para o Dia se realizou dentro de mim. Assim feito, devo comunicar-lhe as coisas das quais me conscientizei. Sobre a Transição da Noite para o Dia, Meishu-Sama afirmou que ela também tem o sentido de Juízo Final. Acredito que a consumação desta grande transição no centro do Mundo Espiritual significa que o Supremo Deus já realizou seu julgamento e perdoou a humanidade. Não foi como dizemos neste mundo, um julgamento do Bem e do Mal. Creio que este julgamento seja parte do insondável e grandioso Plano do Supremo Deus e que ele seja mesmo uma Bênção Divina. Transpondo o que convencionamos chamar de Bem e de mal o Supremo Deus utilizou a todos nós: Tanto aquilo que nos parecem bons, quanto os que nos parecem maus. 

Meishu-Sama nos ensinou que a História da Humanidade até hoje constituiu estágios preparatórios, degraus para se estabelecer o Paraíso na Terra. E, ainda, que “O Mal foi necessário até o momento porque, através do atrito entre ele e o Bem, a Cultura material pode progredir até chegar ao ponto em que se encontra”. Seguindo os desígnios de Deus, cada um de nós veio sendo utilizado tanto para o bem como para o mal. Para nos criar e educar dentro de uma fase completamente nova será que o Supremo Deus que a todos ama não teria olhado para as coisas que fizemos até hoje e, por meio da Bênção Divina chamada “Juízo”, não as teria considerado como “atitudes a serviço de Deus” e que por isso ele nos perdoaria? Será que não foi para nos perdoar que ele realizou o “acerto de contas” tirou-nos do mundo das trevas e nos recebeu no mundo da Liz? Apesar de Deus o Pai de a vida estar vivo dentro de nós, veio ignorando-o. Mundo das trevas é o estado de espírito no qual nos damos conta dessa ignorância. 

O fato de perceber já não seria uma demonstração de que um feixe de luz penetrou a escuridão de nossos corações chamado ignorância? Não estaria a luz iluminando as trevas? Entretanto, há um ponto ao qual precisamos estar sempre atentos: quando percebemos, não podemos pensar que isto foi um feito nosso. Precisamos entender que foi por termos recebido a permissão de sermos perdoados que nos foi permitido perceber. Assim, por intermédio de Meishu-Sama, juntamente coma nossa gratidão, precisamos nos entregar e comunicar nosso reconhecimento a Supremo Deus, rogando-lhe que nos utilize ao partilhar suas bênçãos com todos os seres. Com relação ao termo “final” da expressão “juízo final”, crê que ele simbolize a nossa autoconsciência. O ponto de partida da nossa existência é o Paraíso dimensão inicial da criação e o ponto de chegada é a autoconsciência a dimensão final (a última dimensão) da criação. É assim que nos tornamos o “eu do presente”. Será que a expressão “Juízo Final” não é utilizada porque, de fato o que será julgado é a nossa consciência que é dimensão final da criação? Como responsáveis pela última dimensão da criação, se reconhecer que o julgamento terminou e que, junto com todos os seres, fomos perdoados e se, depois disso, retornarmos ao Paraíso que é a dimensão inicial poderemos, verdadeiramente, encerrar o “Juízo Final”. 

Neste mundo, não conseguimos ver, ouvir ou sentir a realização da grande Transição. Entretanto, será que o Supremo Deus não teria preparado a palavra fé para que possamos acreditar e reconhecer as coisas que ainda não conseguimos enxergar nem imaginar que estão sendo realizados? Será que, por meio da fé, ele não estaria mantendo conosco uma relação contínua de reciprocidade, conduzindo-nos ao mundo já concretizado por ele? Creio que, desejando nos transmitir a vontade do Supremo Deus, Meishu-Sama estimulou-nos a nos tornarmos dóceis e a aceitarmos o perdão de Deus, explicando várias vezes a importância da fé e, em alguns momentos, advertindo-nos do Juízo Final. Por isso, se não aceitarmos o amor Divino, que nos perdoou, tudo poderá ser visto como uma obra realizada pela força humana. Se for assim, será que a humanidade não terá que continuar acertando suas contas, sozinha, como veio sendo feito até hoje? Creio que foi para salvar o maior número de pessoas desta situação que fomos enviados aterá e estamos sendo utilizados para ligá-las a Meishu-Sama. 

Meishu-Sama escreveu o seguinte Poema: 

“Não sejam negligentes, achando que este será sempre um Mundo de Trevas. A Luz já rompeu as nuvens da escuridão.” Uma nova manhã chegou, e o Sol já está brilhando. O novo Paraíso, no qual se concluíra a Transição da Noite para o Dia, está dentro de nós. O propósito Divino de perdoar, purificar, salvar e restituir todos á vida já foi consumado dentro de nós. Não seria justamente por isso que, aqui na terra, conseguimos nos entregar a deus para que sua vontade seja concretizada? Além disso, apesar das nossas imperfeições, será que não conseguimos sentir o desejo de sermos úteis, ao menos um pouco, á obra de construção do Paraíso Terrestre? O Supremo Deus origem de todas as coisas colocou dentro de nós seu próprio sopro e sua preciosa semente e nos fez descer á terra. Esta semente é sua consciência, vida e alma eterna. 

A Vontade do Supremo Deus é realizar o objetivo de frutificar-se dentro de cada um de nós. Para tanto, com o intuito de gerar bons frutos que correspondam ao seu propósito, o Supremo Deus está envidando esforços e, por intermédio de Meishu-Sama, está tentando criar, educar e utilizar como seus nossa mente e nosso corpo. Creio que “gerar bons frutos correspondam ao propósito Divino” significa “nascer novamente”. Entretanto, a expressão “nascer novamente”, na verdade, não significa que nós nasceremos, mas que o próprio Supremo Deus nascerá novamente dentro de cada um de nós. Ou seja, ele está querendo fazer com que cada um de nós se torne sua própria expressão. Falando do ponto de vista humano servimos para receber o Supremo Deus e manifestá-lo. Em outras palavras, somos um recipiente, um instrumento. É por isso que Meishu-Sama referiu-se á virtude oculta e escrever o Poema: “A virtude ostensiva não é verdadeira. Somente a virtude oculta comunica-se com Deus”. 

Por meio deste, creio que ele está nos advertindo para não nos envaidecermos, assumindo como nosso o mérito das coisas. Não sou “eu” quem se manifesta. Quem se manifesta é o Supremo Deus. Não sou “eu” quem brilha. Quem brilha é o Supremo Deus. O fato de Meishu-Sama estar se manifestando e irradiando luz significa que o Supremo Deus, nele presente, está atuando e emitindo sua luz. 

Desejo que nós, que estamos ligados a Meishu-Sama, possamos ser utilizados como recipientes e instrumento por meio dos quais o Supremo Deus, que se encontra em Meishu-Sama, possa se manifestar e irradiar sua luz. Que, juntamente com toda a humanidade, com nossos pais e antepassados, enfim, com todas as criaturas, possamos servir na nova fase, Pós-Transição da Noite para o Dia. 

Encerro minhas palavras agradecendo de todo meu coração ao Supremo Deus, que tudo realiza com imenso amor. Oro para que, por intermédio dos senhores, que foram ligados a Meishu-Sama, a Luz e a Força de Deus possam ser partilhados a todas as criaturas. 


Muito Obrigado! 



Culto do Paraíso Terrestre/2011 
(Solo Sagrado de Atami/Japão) 

Realizado em: 15/16 de junho/2011
Orientação: Kyoshu-Sama 
(Yoiti Okada – Líder Espiritual da Igreja Messiânica Mundial) 
Fonte: Revista IZUNOME
N.43 – Julho/2011 – São Paulo/SP. 













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