segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mensagem de Ano Novo para 2013



O nosso caminho é feito 
Pelos nossos próprios passos... 
Mas a beleza da caminhada... 
Depende dos que vão conosco! 

Assim, neste NOVO ANO que se inicia 
Possamos caminhar mais e mais juntos... 
Em busca de um mundo melhor, cheio de PAZ, 
SAÚDE, COMPREENSÃO e MUITO AMOR. 

O Ano se finda e tão logo o outro se inicia... 
E neste ciclo do "ir" e "vir" 
O tempo passa... E como passa! 
Os anos se esvaem... 
E nem sempre estamos atentos ao que 
Realmente importa. 

Deixe a vida fluir 
E perceba entre tantas exigências do cotidiano... 
O que é indispensável para você! 
Ponha de lado o passado e até mesmo o presente! 

E crie uma nova vida... Um novo dia... 
Um novo ano que ora se inicia! 
Crie um novo quadro para você! 
Crie, parte por parte... Em sua mente... 
Até que tenha um quadro perfeito para o futuro... 

Que está logo além do presente. 
E assim dê início a uma nova jornada! 
Que o levará a uma nova vida, a um novo lar... 
E aos novos progressos na vida! 
Você logo verá esta realidade, e assim encontrará 
A maior Felicidade... E Recompensa... 

Que o ANO NOVO renova nossas esperanças, 
E que a estrela cítrica resplandeça em nossas vidas 
E o fulgor dos nossos corações unidos intensifique 
A manifestação de um ANO NOVO repleto de vitórias! 
E que o resplendor dessa chama 

Seja como a tocha que ilumina nossos caminhos 
Para a construção de um futuro, repleto de alegrias! 
E assim tenhamos um mundo melhor! 
A todos vocês companheiros (as) que temos o mesmo ideal, 
Amigos (as) e Seguidores do meu Blog que já fazem parte da minha vida
Desejo que as experiências próximas de um ANO NOVO 
lhes sejam construtivas, saudáveis e harmoniosas. 
Muita Paz em seu contínuo Despertar! 

É o meu desejo para todos vocês

Maria Galdina Barbosa


"UM FELIZ 2013” 




Fonte: http://www.belasmensagens.com.br/anonovo/feliz-ano-novo-aos-amigos-1441.html#ixzz2C8GtI2ka

Oração de Perdão para ser feita na Passagem de Ano Novo

Oração de Perdão para ser feita na Passagem de Ano Novo 

Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, a partir desse momento, perdoo todas as pessoas que, de alguma forma, me ofenderam me injuriaram, ou me causaram dificuldades desnecessárias, especialmente quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois sentir vergonha e culpa. 

Reconheço também que fui responsável pelas agressões que recebi, pois, várias vezes confiaram em indivíduos negativos permiti que me fizessem de bobo e descarregassem sobre mim seu ruim caráter. Por longos anos suportei maus-tratos, humilhações, perdendo tempo e energia, na tentativa inútil de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas. 

Já estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e da obrigação de conviver com indivíduos e ambientes tóxicos. Iniciei agora uma nova etapa de minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente; queremos compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós. Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas. Se, por acaso, pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida intina definitivamente. Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, pois isso me ajudou a evoluir do nível humano comum ao nível espiritualizado que estou agora. 

Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe também, evitando que elas sejam castigadas pela lei de causa e efeito nesta vida ou em outras, futuras. Dou razão a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um não corresponder e me afastar e suas vidas. 


Faça uma pausa e respire profundamente algumas vezes (para acúmulo de energia) 


Agora, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente ou não, ofendi, injuriei, ou prejudiquei. Analisando e julgando tudo que realizei ao longo da minha vida, vejo que o valor das minhas boas ações é suficiente para pagar e resgatar todas as minhas dívidas, deixando um saldo positivo a meu favor. Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida respiro, prendo o ar e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao eu superior. Ao relaxar, minhas sensações revelam que esse contato foi estabelecido. 

Agora dirijo uma mensagem de Fé ao meu eu superior, pedindo orientação, proteção e ajuda, para realização, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual, já estou trabalhando para o bem do próximo, atuando como agente catalisador doa prosperidade e auto-realização. Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador, eterno, infinito, indescritível que eu, intuitivamente, sinto como o único poder real, atuante dentro e fora de mim. 

Assim seja Assim é e Assim será*


Autor: Desconhecido 

O Natal e seus Símbolos



O Natal e seus Símbolos

Árvore de Natal 



Entre as várias versões sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, a mais aceita atribui a novidade ao padre Martinho Lutero, autor da Reforma Protestante do século XVI. Ele montou um pinheiro enfeitado com velas em sua casa. Queria assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo. 

Na Roma antiga, os romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de Saturnália, que coincidia com o nosso Natal. A Árvore de Natal é outro símbolo de enorme força que foi extraído de rituais pagãos. Durante o inverno, os povos europeus tinham o costume de enfeitar suas casas com folhagens e árvores ainda verdes para alimentar a esperança de que a primavera se aproximava. Sob o ponto de vista religioso, a árvore de Natal, toda verde, é sinal de vida, enquanto as bolas penduradas significam os bons frutos oferecidos por Jesus a Humanidade. Já as velas representam a presença de Cristo como Luz que ilumina o caminho dos homens e aquece os nossos corações. O hábito de armar árvores de Natal sempre foi popular entre os germânicos, mas só ganhou o mundo a partir de 1841 quando o príncipe Albert montou uma árvore no palácio real Britânico. 



Noite Feliz


A canção mais popular da noite de Natal nasceu na Áustria, em 1818. Na cidade de Arnsdorf, ratos entravam no órgão da igreja e roíam os foles. Preocupado com a possibilidade de uma noite de Natal sem música, o Padre Joseph Mohr saiu atrás de um instrumento que pudesse substituir o antigo. Em suas peregrinações, começou a imaginar como teria sido à noite em Belém. Fez anotações e procurou o músico Franz Gruber para que as transformasse em melodia. 



Auto dos Quilombos 




Encenação dramática feita em diferentes datas religiosas, freqüentemente no Natal, em estados do Nordeste. Com danças e cânticos, procuram-se reconstituir os quilombos, núcleos povoados por escravos fugitivos no século XVII. São representadas duas guerrilhas: uma de índios, outra de negros aquilombados. Os negros, vencidos, são levados em folia pelas ruas, onde são vendidos ou trocados por balas e doces. 



Peru de Natal 


Cristóvão Colombo conheceu o peru quando chegou a América. Ele acreditava estar chegando as Índias por um novo caminho. Por isso, o peru ficou conhecido na Itália como gallo d'Índia (ou dindio/dindo); na França como coq d'Indie; e na Alemanha como calecutischerhahn, numa referencia a Calcutá. 

Por seu excelente sabor, foi logo aceito na Europa, De tanto sucesso, foi oferecido a rainha Catarina de Médici, em Paris. No banquete foram servidas cem aves (70 "galinhas da Índia" e 30 "galos da Índia"). Era tão apreciado que se tornou o símbolo de alimento das grandes ocasiões. O filósofo da gastronomia, Brillat Savarin (1755-1826) diz que o peru "é a maior, se não a mais fina, pelo menos a mais saborosa entre as aves domésticas, pois possui a qualidade única de reunir em torno de si todas as classes da sociedade". Tanto homens do povo como aristocratas juntavam-se para saborear o peru em comemorações. 

Nos Estados Unidos, o peru representou o fim da fome dos primeiros colonos ingleses que lá chegaram e hoje é prato obrigatório no Thanksgiving, ou Festa de Ação de Graças. No Brasil a ave é apreciada desde a época de Brasil Colônia, tanto na Corte como no Sertão. 


A Data de Nascimento do Menino Jesus 

Hoje, a data aceita mundialmente para as festividades natalinas, é 25 de dezembro. Mas nem sempre foi assim. Nem mesmo os autores dos evangelhos bíblicos estavam muito certos da data de nascimento de Jesus. Por exemplo, das declarações no Evangelho de São Mateus encontramos que Jesus Nasceu nos tempos do Rei Herodes, enquanto no Evangelho de São Lucas consta que ele nascera quando Cirenio 
era governador da Síria ou mais tarde. 
Estas duas declarações nos oferecem tema para discussão, pois o reinado de Herodes terminou em 4 a.C. (antes de Cristo) e as autoridades bíblicas declaram que o governo de Cirenio foi de 4 a.C. a 1 a.C. e, posteriormente, a 6 d.C. (depois de Cristo). Outro ponto controverso é a diferença em relação às datas em que se teria realizado o recenseamento da população realizado pelo Imperador Romano Augusto, cujo ano é comumente aceito como o do nascimento de Jesus. 

Portanto, seria muito difícil para qualquer pessoa elaborar um calendário capaz de dar a data certa do nascimento de Jesus. Até mesmo os Santos Patriarcas da Igreja, bem como eminentes autoridades eclesiásticas, por muitos séculos, não conseguiram fixar com exatidão a data de seu nascimento. Os cristãos primitivos celebravam a Natividade com um grande festival em maio, ou, por vezes, em abril e, em outras ocasiões em janeiro. Algumas das mais antigas tradições da Igreja fixavam, em definitivo, o 20 de maio como a data certa, enquanto outras insistiam em fixá-la a 19 ou 20 de abril. 

Hoje nós já temos o apoio da ciência para a confirmação dos dados apresentados. O astrônomo britânico Colin Humprey, professor da Universidade de Cambridge, afirmou em 1991 que a conhecida Estrela de Belém, registrada com absoluta precisão pelos antigos astrônomos chineses, teria sido um cometa. Baseando-se nos seus cálculos, o cometa teria passado pela órbita da Terra 5 anos antes do início da Era Crista. Apoiando-se nos relatos bíblicos, Humprey concluiu que o nascimento de Jesus ocorreu em abril, provavelmente entre os dias 13 e 27. É certo que, mesmo que seja comprovada a data exata de Seu nascimento, o 25 de dezembro devem continuar como a data oficial. 

Jesus 


Para os Cristãos, Jesus é considerado o Messias, aquele que, com seu amor e bondade ilimitados, veio ao mundo livrar todos os homens de seus pecados. 

A data do seu nascimento, o Natal, é comemorada na passagem do dia 24 para o dia 25 de dezembro. Muitas pessoas gostam de reunir a família para lembrar Jesus, seus ensinamentos e sua prova de amor pela humanidade ao ser crucificado. Esta também é uma época em que as pessoas, inspiradas no exemplo de Cristo, procuram realizar boas ações e ajudar os outros. Para as crianças, o Natal é sempre uma data muito especial, pois, como Jesus quando nasceu elas ganham muitos presentes. Mas no Natal, essa troca de presentes simboliza algo maior: o amor entre você, seus familiares e amigos queridos. 


A Manjedoura 


Como é que Jesus, o Rei dos Reis, nasceu numa gruta que servia de estábulo? E mais: cercado por animais e saudado por pobres pastores? Acredite se quiser aquele que era considerado o Messias nasceu num lugar simples assim, sem nenhum luxo ou ostentação. Por isso, no presépio, a Manjedoura - o cocho onde os animais comiam e que serviu de berço para Jesus - simboliza uma das maiores e primeiras lições que Cristo nos ensinou: a humildade, pois, apesar de poder ter nascido num palácio, ele escolheu nascer no lugar mais simples da Judeia, em Belém. 


Estrela de Belém 


Reza a tradição crista que, na época do Natal, uma estrela de grande brilho surgiu no céu, indicando a todos o local onde nasceria o Messias. Com sua luz inconfundível, foi a Estrela de Belém que guiou os três Reis Magos até o estábulo que abrigava Maria, José e o menino Jesus. Curiosidade: para os cristãos, a Estrela de Belém é um dos maiores símbolos de Cristo, que veio a Terra para, com seu brilho, iluminar os passos da humanidade. 



Os Três Reis Magos 


Montados em seus camelos, três reis atravessaram grandes desertos, desafiando o sol ardente, a sede e inúmeros outros perigos para chegarem a Judéia. O velho europeu Belchior, o jovem africano Gaspar e o asiático Baltazar haviam visto a Estrela de Belém brilhando no céu no dia 6 de janeiro e, guiados por ela, viajaram muito para saudar a chegada daquele que, segundo a profecia, seria o Rei dos Reis. 

Após uma longa viagem, eles finalmente chegaram a gruta onde havia nascido Jesus. Emocionados, cada um deles se ajoelhou e ofereceu um presente. Balthasar saudou o menino com ouro, símbolo da realeza. Gaspar trouxe incenso, utilizado para louvar os deuses. E Belquior ofereceu mirra, uma resina usada para perfumar e embalsamar. Assim, os Reis Magos Homenagearam Jesus como rei (ouro), como deus (incenso) e como homem (mirra). 

Curiosidade: Hoje, os reis magos representam os povos do mundo, de todas as raças: branca, negra e amarela. E é por causa da data em que viram a estrela de Belém brilhando no céu que desmontamos a árvore de Natal no dia 6 de janeiro, o Dia de Reis. 





Papai Noel 


Você sabe como surgiu a lenda de Papai Noel? Alguns acreditam que ela surgiu na Idade Média, quando a peste matou milhares de crianças. A lenda dizia que Noé, o mesmo que construiu a arca, teria pedido a Deus que o enviasse novamente a Terra, para que pudesse alegrar um pouco os pequeninos. Deus aceitou, e então Noé surgiu como o velho Noel distribuindo bichinhos de sua coleção de animais para divertir a garotada. 

Outra tradição conta que Papai Noel foi um bispo católico muito bondoso, chamado Nicolau, que viveu no século V. Cansado de ver o sofrimento de seu povo, especialmente das crianças, ele resolveu presentear a garotada com brinquedos e comida todo final de ano. Por isso, Papai Noel também é conhecido como São Nicolau, o santo das crianças e seu dia é comemorado em 6 de dezembro. O nome em inglês de Pap. 

O Natal no Mundo 


Estados Unidos 

Na véspera de Natal, vizinhos se unem para cantar "Christmas Carols" (canções de Natal), mostrando o Espírito de Confraternização. As crianças penduram meias na lareira e na manhã do Dia 25 de dezembro abrem os presentes tão sonhados. O prato típico americano é o peru recheado, acompanhado de frutas tropicais. 

Japão 

O Natal no Japão é cheio de significados e a troca de presentes fortemente apreciada pelos japoneses. As crianças adoram conhecer a história do nascimento de Jesus numa manjedoura, porque é quando travam contato com a idéia de "berço" já que os bebes japoneses não dormem neles. 

Índia 

Os cristãos na Índia decoram pés de manga e bananeiras no Natal. Algumas pessoas decoram suas casas com folhas de manga, Em partes da Índia, pequenas lâmpadas de argila são acesas com óleo e servem também para decorar a casa. 

China 

As casas são enfeitadas com lanternas e árvores de Natal, com correntes e flores de papel. As crianças penduram meias e esperam pelo Papai Noel. Já que a maioria dos chineses não é crista, a maior celebração do inverno é o Ano Novo Chinês, no fim de janeiro. Nessa data as crianças recebem roupas e brinquedos novos e são servidos pratos especiais. 

Itália 

A principal entrega de presentes é no dia 6 de janeiro, em lembrança a visita dos Reis Magos ao menino Jesus. As crianças esperam a visita da Befana que traz presentes para os bons e castigo para os maus meninos. De acordo com a lenda, os três Reis Magos pararam durante a ida até Belém e pediram comida e abrigo a uma velha senhora. Ela negou ajuda e então eles seguiram a viagem com fome e cansados. A velha senhora sentiu depois um aperto no coração, mas os Reis Magos já estavam muito longe. A lenda conta que a Befana ainda vaga pelo mundo procurando o menino Jesus e tem várias formas: uma rainha, uma fada, uma velha ou uma bruxa. 

Suécia 

As festas de Natal começam no dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau. Nesse dia, as crianças escrevem suas cartas de pedidos que São Nicolau troca por um saquinho de balas ou nozes. Os presentes chegam no dia 25. Na noite de Natal, a filha mais velha se veste de branco com uma faixa vermelha amarrada na cintura e uma grinalda de folhas verdes com sete velas acesas na cabeça. Ela leva cuidadosamente café e bolinhos para cada membro da família aos seus quartos. 

Belém 

Em Belém, a cidade onde Jesus nasceu o Natal é comemorada com peregrinos e tribos árabes da região, que se ajoelham na cripta da capela dos franciscanos para adorar um berço. Segundo a tradição, esse é o berço de Jesus, que é conservado na igreja e apenas montado na noite de 24 para 25 de dezembro. Depois que termina a missa, os franciscanos oferecem uma ceia aos peregrinos: apenas pão preto acompanhado de vinho. 

Alguns significados dos Símbolos Natalinos 

          Velas 

As velas simbolizam Cristo, Luz do Mundo; cada pessoa deverá ser como uma vela que espalha seu brilho e causa bem estar a todos que a rodeiam. 

Vela Vermelha: Lembra Isaias, profeta que anunciou 1000 anos antes a vinda do Salvador. 

Vela Azul: Lembra João Batista que anuncia que está próximo o Salvador, orai e preparai os caminhos. 

Vela cor de Rosa: Lembra Maria, filha de Israel, que deu o seu Sim e dela nasceu o Salvador. 

Vela Amarela: O símbolo de ouro e da realeza, que vem em sua plenitude para seu povo e quer morar entre o povo que o ama. 


Ceia Natalina 


A Ceia de Natal deve ter sentido comunitário da Família de Deus, em alegre convívio ao redor da mesa. Cristo reuniu seus apóstolos em uma ceia. Foi à última ceia que Ele institui o Santíssimo Sacramento. 





Presépio de Natal 


Quem tomou a iniciativa de montar o primeiro presépio foi São Francisco de Assis, em 1224, preparado numa gruta em um bosque italiano, a cena do nascimento de Jesus como foi descrita nos evangelhos. A iniciativa de São Francisco foi tão comovente que, a partir daí, a tradição de montar o presépio ganhou o mundo. No Brasil, o costume foi introduzido pelo frade franciscano Gaspar de Santo Agostinho, nos primórdios do descobrimento do país e, logo, se incorporou a religiosidade popular. 



Fonte: Pesquisa Literária de diversas obras do gênero, feita pelo escritor César Romão 


                        

Contos e Lendas de Natal




    A Lenda de São Nicolau (St. Nicolas, Santa Claus,

    Papai Noel, Pai Natal) 



Nicolau, filho de cristãos abastados, nasceu na segunda metade do século III, em Patara, uma cidade portuária muito movimentada. Conta-se que foi desde muito cedo que Nicolau se mostrou generoso. Uma das histórias mais conhecidas relata a de um comerciante falido que tinha três filhas e que, perante a sua precária situação, não tendo dote para casar bem as suas filhas, estava tentado a prostituí-las. Quando Nicolau soube disso, passou junto da casa do comerciante e atirou um saco de ouro e prata pela janela aberta, que caiu junto da lareira, perto de umas meias que estavam a secar. Assim, o comerciante pôde preparar o enxoval da filha mais velha e casá-la. Nicolau fez o mesmo para as outras duas filhas do comerciante, assim que estas atingiram a maturidade. 


Quando os pais de Nicolau morreram, o tio aconselhou-o a viajar até à Terra Santa. Durante a viagem, deu-se uma violenta tempestade que acalmou rapidamente assim que Nicolau começou a rezar (foi por isso que tornou também o padroeiro dos marinheiros e dos mercadores). Ao voltar de viagem, decidiu ir morar para Mira (sudoeste da Ásia menor), doando todos os seus bens e vivendo na pobreza. Quando o bispo de Mira da altura morreu, os anciões da cidade não sabiam quem nomear para bispo, colocando a decisão na vontade de Deus. Na noite seguinte, o ancião mais velho sonhou com Deus que lhe disse que o primeiro homem a entrar na igreja no dia seguinte, seria o novo bispo de Mira. Nicolau costumava levantar-se cedo para lá rezar e foi assim que, sendo o primeiro homem a entrar na igreja naquele dia, se tornou bispo de Mira. 

S. Nicolau faleceu a seis de Dezembro de 342 (meados do século IV) e os seus restos mortais foram levados, em 1807, para a cidade de Bari, em Itália. É atualmente um dos santos mais populares entre os cristãos. S. Nicolau tornou-se numa tradição em toda a Europa. É conhecido como figura lendária que distribui prenda na época do Natal. Originalmente, a festa de S. Nicolau era celebrada a 6 de Dezembro, com a entrega de presentes. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, apesar de ser retirada pela igreja católica do calendário oficial em 1969, ficou associado pelos cristãos ao dia de Natal (25 de Dezembro) 

A imagem que temos, hoje em dia, do Papai Noel é a de um homem velhinho e simpático, de aspecto gorducho, barba branca e vestido de vermelho, que conduz um trenó puxado por renas, que esta carregado de prendas e voa, através dos céus, na véspera de Natal, para distribuir as prendas de natal. O Papai Noel passa por cada uma das casas de todas as crianças bem comportadas, entrando pela chaminé, e depositando os presentes nas árvores de Natal ou meios penduradas na lareira. Esta imagem, tal como hoje a vemos, teve origem num poema de Clement Clark More, um ministro episcopal, intitulado de “Um relato da visita de S. Nicolau”, que este escreveu para as suas filhas. Este poema foi publicado por uma senhora chamado Harriet Butler, que tomou conhecimento do poema através dos filhos de More e o levou ao editor do Jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, publicando-o no Natal de 1823, sem fazer referência ao seu autor. Só em 1844 é que Clement C. More reclamou a autoria desse poema. 

Hoje em dia, na época do Natal, são costume as crianças, de vários pontos do mundo, escrever uma carta ao S. Nicolau, agora conhecido como Papai Noel, onde registram as suas prendas preferidas. Nesta época, também se decora a árvore de Natal e se enfeita a casa com outras decorações natalícias. Também são enviados postais desejando Boas Festas aos amigos e familiares. 

Atualmente, Há quem atribuía à época de Natal um significado meramente consumista. Outros vêem o Papai Noel como o espírito da bondade, da oferta. Os cristãos associam-no à lenda do antigo santo, representando a generosidade para com o outro. 

Festas Felizes!





A Lenda dos Reis Magos 


Conta a Lenda que, vindos do Oriente, três Reis Magos, Melchior, Gaspar e Baltazar, seguiram a Estrela de Belém, que os levou até ao menino Jesus. Os Magos, ao saber que se tratava do nascimento de um rei, tinham perguntado ao Rei Herodes sobre Ele. O Rei Herodes, que de nada sabia, pediu aos Reis Magos que assim que O encontrassem, o informassem sobre o local do nascimento, de modo a poder também ele visitá-Lo. É claro que a intenção de Herodes era ver-se livre desse novo Rei, pois o considerava uma ameaça. 

Os três Reis Magos ao encontrarem o Menino Jesus celebraram com júbilo o seu nascimento oferecendo-lhe Ouro, Incenso e Mirra, e venerando-O como Rei dos Judeus. Os Reis Magos não voltaram a estar com o Rei Herodes, após serem alertados em sonhos, da intenção deste em matar Jesus. 



A Lenda da Rosa de Natal 



Na noite em que o Menino Jesus nasceu uma pequena pastora, que no monte guardava o seu rebanho, viu passar alguns pastores e três Reis Magos, que se dirigiam para o estábulo onde Jesus estava em palhas deitado, junto de Maria e José. Os pastores levavam presentes e, os três reis magos, levavam ricas ofertas de ouro, incenso e mirra! 

A pequena pastora ficou triste, pois não tinha nada para oferecer ao menino Jesus, e começou a chorar. Um anjo, que por ali passava ao ver tamanha tristeza, passou junto da menina e, quando as suas lágrimas caíram na terra gelada, transformou-as em lindas rosas brancas, que a menina com o coração carregado de felicidade, rapidamente apanhou e levou como oferta ao Menino Jesus. 



A Lenda da Vela de Natal 




Era uma vez um pobre sapateiro que vivia numa cabana, na encruzilhada de um caminho, perto de um pequeno e humilde povoado. Como era um homem bom e queria ajudar os viajantes, que à noite por ali passavam, deixava na janela da sua casa, uma vela acesa todas as noites, de modo a guiá-los. E apesar da doença e a fome, nunca deixou de acender a sua vela. Veio então uma grande guerra, e todos os jovens partiram, deixando a cidade ainda mais pobre e triste. 

As pessoas do povoado ao verem a persistência daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança e bondade, decidiram imitá-lo e, naquela noite, que era a véspera de Natal, todos acederam uma vela em suas casas, iluminando todo o povoado. À meia-noite, os sinos da igreja começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os jovens regressavam às suas casas! 

Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”. A partir daquele dia, acender uma vela tornou-se tradição em quase todos os povos, na véspera de Natal. 


A Lenda da Flor de Natal 




Diz a lenda, que uma menina chamada Pepita, sendo pobre, não podia oferecer um presente merecedor ao menino Jesus, na missa de Natal. Muito triste, contou o fato ao seu primo Pedro, que ia com ela a caminho da igreja. Este lhe disse que ela não tinha que estar triste, pois o que mais importa quando oferecemos algo a alguém, é o amor com que oferecemos, especialmente aos olhos de Jesus.Pepita lembrou-se então de ir recolhendo alguns ramos secos que ia encontrando pelo caminho, para lhe oferecer. 

Quando chegou à igreja, Pepita olha para os ramos que colheu e começa a chorar, pois acha esta oferenda muito pobre. Mesmo assim, decide oferecê-las com todo o seu amor. Entra na igreja e, quando deposita os ramos em frente da imagem do menino Jesus, estes adquirem uma cor vermelha brilhante, perante o espanto de toda a congregação presente. Este fato foi considerado por todos os milagres daquele Natal. 


A Lenda das Renas do Papai Noel 



O Mito das Renas do Papai Noel foi criado na Europa do séc. XIX, a partir do costume de nos países como o Canadá (Norte), Alasca, Rússia, Escandinávia e Islândia, as pessoas se deslocarem na neve, usando um trenó puxado por renas. Porém, as renas do Papai Noel são especiais pois, apesar de serem semelhantes às renas que existem nesses países, são as únicas renas que conseguem voar, de modo a que o Papai Noel possa entregar os presentes no dia certo e sem atrasos a todas as crianças do mundo inteiro. 


Na tradição anglo-saxônica original só existem oito renas, número habitualmente utilizado para puxar os trenós tradicionais. Os seus nomes são: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen ou em português, Corredora, Dançarina, Imperadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago. A rena Rudolph ou Rodolfo, que acabou por ser a mais conhecida, só mais tarde integrou o grupo (1939). 

Conta-se que o Papai Noel ao chegar a uma das casas para entregar os presentes, encontrou por acaso a rena Rodolfo, que era diferente das suas outras renas, pois tinha um nariz vermelho e luminoso. Como nessa noite o nevoeiro era muito intenso, o Papai Noel pediu a Rodolfo que se juntasse a ele e liderasse as suas renas de modo a que não se perdessem pelo caminho. A partir daí, Rodolfo passou a ser a rena que guia o trenó do Papai Noel todos os Natais. 



Fonte: natal.com.pt/tradicoes-estrela-de-natal


Contos de Natal



O Pinheiro de Natal 


Conta a história que na noite de Natal, junto ao presépio, se encontravam três árvores: Uma tamareira, uma oliveira e um pinheiro. As três árvores ao verem Jesus nascer, quiseram oferecer-lhe um presente. A oliveira foi a primeira a oferecer, dando ao menino Jesus as suas azeitonas. A tamareira, logo a seguir, ofereceu-lhe as suas doces tâmaras. Mas o pinheiro como não tinha nada para oferecer, ficou muito infeliz. 

As estrelas do céu, vendo a tristeza do pinheiro, que nada tinha para dar ao menino Jesus, decidiram descer e pousar sobre os seus galhos, iluminando e adornando o pinheiro que assim se ofereceu ao menino Jesus. 



O Sonho do Papai Noel 



Papai Noel estava a sonhar um lindo sonho, do qual não queria acordar. Era véspera de Natal e todos estavam felizes! Ninguém estava sozinho! Todos tinham família, e uma casa onde estar, com a mesa pronta para a ceia de natal e com comida para todos. Não havia pobreza, nem ódio, nem guerras. Todos eram amigos, não havia brigas, palavrões nem má educação, e o Papai Noel via como todos eram carinhosos uns com os outros. As pessoas que se encontravam nas ruas, a caminho de casa, cantarolavam alegremente músicas de natal, levando as últimas prendas para colocar debaixo do pinheiro. Nem cão nem gato estavam sozinhos nesta noite fria. Todos tinham um lugar aconchegado onde ficar. 


E o Papai Noel não conseguia deixar de sorrir, de tanta felicidade ao ver o mundo cheio de paz, amor e harmonia! 

Mas o Papai Noel acordou e viu que tudo não passara de um sonho maravilhoso, e ficou triste. Só algumas pessoas no mundo eram felizes, capazes de celebrar o natal em alegria, paz e comunhão com os seus, de terem um lar, comida, roupa e amor. Então o Papai Noel pensou: Terei de continuar a ajudar crianças e adultos a ter um Natal Feliz! Vou preparar as renas e o meu trenó, para enchê-lo com prendas e distribuí-las esta noite, de modo a que, pelo menos uma vez por ano, haja alegria no coração de todos nós! 

E assim o Papai Noel continua, ano após ano, a cumprir a sua tarefa, até que um dia possa ver o seu lindo sonho concretizado. 

Ho, Ho, Ho! Feliz Natal a Todos! 






O Atraso do Papai Noel 



Todos os anos, como já é costume, o Papai Noel vai a uma pequena aldeia levar os presentes às crianças. Mas este ano aconteceu uma desgraça: O Papai Noel atrasou-se, e as crianças da aldeia ficaram preocupadas, pois ainda não receberam os presentes. 

- Onde está o Papai Noel? – Perguntou uma das crianças da aldeia aos seus amigos.
- Não sabemos – disseram todos em coro – O Papai Noel ainda não foi à nossa casa!
- O Papai Noel atrasou-se?! – Perguntou uma das crianças.
- Que estranho, o Papai Noel nunca se atrasa! – Disse a outra.
- Vamos ter com ele ao Pólo Norte! – falou entusiasmada uma criança.
- Boa idéia! – Disseram todos – Vamos à casa dele!

Assim o disseram, assim o fizeram! Foi todos à casa do Papai Noel, e quando lá chegaram bateram à porta e disseram:
- Papai Noel! Somos nós, as crianças da aldeia. 

O Papai Noel foi abrir a porta e disse:
- Entrem crianças, entrem. Desculpem-me eu tenho uma rena doente e tive de arranjar outra, ia agora mesmo para a aldeia…
- Papai Noel, nós não sabíamos o que tinha acontecido e ficamos preocupados, mas agora já estamos mais descansadas. – Interromperam as crianças.
- Agora podemos ir todos no meu trenó para a aldeia! – Sugeriu o Papai Noel.
- Sim! Nós íamos adorar.
- Então vamos!

Foram todos para a aldeia, mas quando lá chegaram encontraram as mães muito preocupadas com o desaparecimento dos seus filhos, e com o atraso do Papai Noel.
- Ai, ai, esquecemo-nos de avisar as nossas mães, e elas agora estão preocupadas.
- Olhem – disse uma das mães – não é os nossos filhos e o Papai Noel?
- São! Mas como é que os nossos filhos estão com o Papai Noel?
- Pois não sabemos!
Já era muito tarde, e já passava muito da hora de abrir os presentes.

- Fomos ver o Papai Noel, porque ele estava atrasado e esquecemo-nos de vos avisar, desculpem! – Disseram todas as crianças, envergonhadas.
Uma das mães respondeu:
- Não faz mal, o que importa é que todos estão bem. Vamos abrir as prendas?
O Papai Noel deu então os presentes às crianças e prometeu nunca mais se atrasar. 


[Enviado em Dezembro de 2011 por Luísa Silva] 


Fonte: natal.com.pt/tradicoes-estrela-de-natal 





Tradições de Natal




A Estrela de Natal 


A Estrela de Natal, também conhecida como a Estrela de Belém, tornou-se num ornamento típico das nossas casas, na época de Natal. É colocada no topo da árvore de Natal ou no presépio e lembra-nos a estrela que guiou os três Reis Magos até ao local onde o Menino Jesus nasceu. 

A estrela característica possui quatro pontas que representam os pontos cardeais (norte, sul, este, oeste) e uma cauda luminosa, fazendo lembrar um cometa. Também se usa a estrela de cinco pontas lembrando o ser humano (Cabeça, braços e pernas). A estrela de Natal para além de ter orientado os reis magos, representa a Luz do Mundo, Jesus Cristo. 

Cientificamente, Johannes Kepler, astrônomo, matemático e astrólogo alemão do séc. XVII, explica o aparecimento da estrela de Belém com o fato de ter havido, na altura, uma conjunção entre o planeta Júpiter e o planeta Saturno, na constelação de peixes, que levou a formação de uma luz intensa, fora do normal, e que deu origem a esta “Estrela”. 

A referência bíblica da estrela de Natal é feita no Evangelho de Mateus, onde relata a vinda de sábios do oriente para visitar o Messias recém-nascido. Como não sabiam onde se encontrava Jesus, os três Reis Magos perguntaram na corte do Rei Herodes, mas sem sucesso. Herodes ao saber do nascimento do Rei dos Judeus pediu-lhes que assim que encontrassem Jesus, o informassem. 

Os reis magos, vendo surgir no céu uma luz intensa, seguiram-na, encontrando em Belém o Menino Jesus. Estes ofereceram a Jesus prendas, mas não voltaram à corte do Rei Herodes. 



O Presépio 


A palavra Presépio deriva do latim praesepium, que quer dizer curral, estábulo ou lugar de recolha de gado.
Conta a tradição católica que o presépio teve origem surgiu no séc. XIII, em Úmbria (região da Itália central). Foi S. Francisco de Assis que, com a permissão do Papa, criou um presépio com figuras humanas e animais, recreando o local de nascimento de Jesus, que serviu de pano de fundo para a missa de Natal desse ano. Esta representação teve tanto sucesso, que se tornou numa referência Cristã, representativa do Natal, em quase todo o mundo. 

Em Portugal, o presépio tem tradições muito antigas (por volta do séc. XVII). É colocado no início do Advento sem a figura do menino Jesus, que será posta na noite de Natal, após a missa do galo. O presépio é desmontado no dia seguinte ao Dia de Reis. 

Na tradição Portuguesa, as figuras que se colocam no presépio, além da Sagrada família (S. José, Maria e o Menino Jesus), dos pastores e alguns animais, e dos três Reis Magos, também encontramos figuras como o moleiro e o seu moinho, lavadeiras, membros de um rancho folclórico e outros personagens típicos da cultura portuguesa. Tradicionalmente feito de barro, podemos encontrar ainda peças de diversos materiais, desde tecido ou madeira até porcelana fina. 

Fonte: natal.com.pt/tradicoes-estrela-de-natal 








História do Panettone


História do Panettone 

Diz à lenda que a primeira cidade a criar o Panettone foi Milão. As primeiras citações ao Panettone surgiram no século XV, no norte da Itália. Desde então, este "pão naturalmente fermentado" tem sido sempre associado intimamente com a cidade de Milão, a capital da Lombardia. 

O Panettone foi desenvolvido gradualmente durante os séculos subseqüentes e assim, novos técnicas foram adotadas além de ter havido um grande progresso na qualidade das matérias-primas utilizadas em seu preparo. O hábito de consumir Panettone, especialmente nas festas de fim de ano, iniciou-se em Milão e tomou conta da Itália, dos Alpes no norte à Sicília no sul. 

Como a popularidade do pão cresceu, as pessoas começaram a especular sobre a sua origem, o que resultou em inúmeras histórias. A mais popular diz respeito a um nobre jovem milanês, membro da família Atellini, que se apaixonou pela filha de um padeiro chamado Toni. Para impressionar o pai da moça, o jovem disfarçou-se de ajudante de padeiro e inventou um maravilhoso pão, de rara delicadeza e tamanho incomum para a época, cujo topo foi moldado em forma de cúpula de igreja. Este novo bolo de frutas semelhante ao pão fez enorme sucesso e passou a ser chamado de magnífico "Pan de Toni". 


Fonte: Pesquisa Literária de diversas obras do gênero, feita pelo escritor César Romão

Contos e Lendas




A Mãe do meu Amor 

Há muito tempo, uma menina chamada Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra. Depois de alguns dias, passou a não se entender com a mesma. As personalidades delas eram muito diferentes e Lili foi se irritando com os hábitos da sogra, que freqüentemente a criticava. 
Meses se passaram e Lili e sua sogra cada vez mais discutiam e brigavam. De acordo com a antiga tradição chinesa, a nora tinha que se curvar à sogra e obedecê-la em tudo. Mas Lili, já não suportando mais conviver com a sogra, decidiu matá-la, e para tanto foi visitar um amigo de seu pai. 

Depois de ouvi-la, ele pegou um pacote de ervas e lhe disse: 

- Você não poderá usá-las de uma só vez para se libertar de sua sogra, porque isso causaria suspeitas. Vou lhe dar várias ervas que irão lentamente envenenando sua sogra. A cada dois dias ponha um pouco destas ervas na comida dela. Agora, para ter certeza de que ninguém suspeitará de você quando ela morrer, você deve ter muito cuidado e agir de forma muito amigável. Não discuta, eu a ajudarei a resolver o seu problema, mas você tem de me escutar e seguir todas as instruções que eu lhe der. 

Lili respondeu: 

- Sim, Sr. Huang, eu farei tudo o que o senhor me pedir. Lili ficou muito contente, agradeceu ao Sr. Huang e voltou apressada à sua casa para começar o projeto de assassinar a sogra.Semanas se passaram e a cada dois dias Lili servia a comida "especialmente tratada" à sua sogra. Ela sempre se lembrava do que Sr. Huang tinha recomendado sobre evitar suspeitas e, assim, controlou o seu temperamento, obedeceu à sogra e a tratou como se fosse sua própria mãe. 

Depois de seis meses, a casa inteira estava com outro clima: Lili tinha controlado o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Nesses seis meses, não tinha havido nenhuma discussão com a sogra, que agora parecia muito mais amável e fácil de lidar. As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a se tratar como mãe e filha de verdade. 
Então, um dia, Lili foi novamente procurar o Sr. Huang para pedir-lhe ajuda. E disse-lhe: 

- Sr. Huang, por favor, me ajude a evitar que o veneno mate minha sogra! Ela se transformou numa mulher agradável e eu a amo como se fosse minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei. O Sr. Huang sorriu e acenou com a cabeça. 


- Lili, não precisa se preocupar. As ervas que eu dei eram vitaminas para melhorar a saúde dela. O veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído pelo amor que você passou a dar a ela. Na China existe uma regra dourada que diz: "A pessoa que amam os outros também será amada". Na grande parte das vezes, recebemos das outras pessoas o que damos a elas. Por isso, tenha cuidado! Lembre-se: o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória. Por isso, veja lá o que você planta. 


Autor: Desconhecido 





A CORRIDA DOS SAPOS

Era uma vez uma corrida de sapinhos. Eles tinham que subir uma grande torre, e atrás havia uma multidão, muita gente para torcer por eles. 

Começou a competição. A multidão dizia: "Não vão conseguir, não vão conseguir!"... E os sapinhos iam desistindo um por um, menos um que continuava subindo... 

Ai aclamava a multidão: "Vocês não vão conseguir, vocês não vão conseguir", e os sapinhos iam desistindo um por um, menos um que subia tranqüilo. 

Ao final da competição, todos desistiram menos aquele. 

Todo mundo queria saber o que aconteceu, e quando foram a perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, ficaram sabendo que ele era SURDO!!! 

MORAL DA HISTÓRIA: Quando você precisar fazer alguma coisa que exija sua coragem, não escute as pessoas que falam coisas negativas, pois se der ouvidos a elas, você não irá conseguir! 

Autor: Desconhecido




A Canoa 


Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava

As pessoas de um lado para o outro.

Em uma das viagens, ia um advogado e uma professora.

Como gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:

Companheiro, você entende de Leis?

Não. - Responde o barqueiro.

E o advogado compadecido:

É pena, você perdeu metade da vida!

A professora muito social entra na conversa:

Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?

Também não. - Responde o remador.

Que pena! - Condói-se a mestra - Você perdeu metade da vida!

Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O canoeiro preocupado pergunta: 

Vocês sabem nadar?

Não! - Responderam eles rapidamente.

Então é uma pena - Conclui o barqueiro – Vocês perderam toda a vida! 

Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferente

Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha contato.

Cada uma delas tem algo de diferente para ensinar...


Autor: Desconhecido

Cem Estórias de minha Fé

A Infidelidade causada por mau-olhado 

Este fato ocorreu quando eu me encontrava em Ikeda-Tyo, bairro de Nagoya, logo após iniciar a difusão naquela cidade. Um dos meus auxiliares na Obra Divina trouxe uma senhora de uns quarenta e cinco anos, apresentando-me como sua irmã mais velha. 

Não denotava saúde prejudicada; o corpo pequeno e delgado, não era belo, mas tinha um rosto gracioso, fazendo parecer que,na sua juventude, talvez tivesse sido muito cortejada; era enfim, o tipo de mulher que logo despertava a simpatia masculina. Nascida numa loja atacadista de tecidos foi criada sem lhe faltar nada, mas estava infeliz no matrimônio. A minha afinidade é muito ruim começou a Sra. T. a contar parte da sua vida, minuciosamente. Com a idade de vinte anos, fora pedida em casamento com o filho de um atacadista da cidade vizinha. Os dois formavam um casal que todos consideravam perfeito. Eles próprios reconheciam que se combinavam bem, e constituíram um novo lar. Porém, após alguns meses, começaram as infidelidades do marido. A esposa supôs que fosse algo passageiro e sem raízes, mas, a cada dia, foi se tornando mais intenso, chegando ao ponto de o esposo parecer enlouquecido de paixão. Por fim, acabaram se divorciando, e ela voltou para casa de seus pais. 

Enquanto auxiliava nas tarefas de casa, através do encaminhamento de um primo que era integrante de um grupo de ideólogos, muito em voga na época, começou a busca nesta entidade um porto seguro para o seu coração. Partiu para Tiba, onde fica a sede dessa organização e passou a viver lá se dedicando firmemente. E nisso se passaram quinze anos. No entanto, a Sra. T. recebeu propostas amorosas do Prof. K., que era um dos dirigentes desta entidade. Ele era quinze anos mais velhos que ela e Professor efetivo desta organização, além e possuir uma empresa de porte em Tóquio. Sua mulher e filhos eram saudáveis. Para ela foi um grande choque a tentativa de sedução por parte de alguém que pregava o caminho da moral ás pessoas. 

Voltou imediatamente para casa, encerrando a longa vida de servir prestado aquele grupo. Estava nesta situação, quando recebeu proposta de matrimônio aos 38 anos, e se casou novamente. Seu atual marido trabalhou honesta e dedicadamente, na mocidade, como funcionário público e, na meia-idade, tornou-se independente e abriu um escritório que, junto com dez funcionários, obteve certo sucesso. Tendo enviuvado, continuava por longos anos sua vida solitária, já sendo um cinqüentão avançado. Eu tinha até desistido de uma vida a dois, mas pela permissão que tive de me casar novamente, pensei em conservar bem está felicidade. 

Porém, nem se passara um ano e meu marido começou a me trair. Na época de solteiro, não havia nem mesmo boato de que fosse volúvel. Segundo as palavras da Sra. T. era impossível conceber o porquê e onde estava a causa da sua infelicidade. Ela acreditou que fosse devido a alguma falta sua e, passou a agir como se não tivesse conhecimento da infidelidade do marido. No entanto, as atitudes do esposo tornavam-se cada vez mais claras e, por fim, chegou a trazer a amante para casa. Como se não bastasse que essa mulher fosse sua secretária, uma moça de uns vinte anos mostrava á sua própria esposa cenas de relação sexual com a amante. Não resistindo a tamanho vexame, ao querer fugir ele ficava tremendamente zangado e a fazia continuar assistindo. 

Tornara-se um verdadeiro maníaco, e não havia outra explicação a não ser que era uma transformação animalesca. Pela idade dele, achei que logo mais já estaria curado desta loucura pela mulher e tentei me resignar com a situação. Mas, em vez de suas humilhações que já não consigo suportar. Haveria uma maneira para que meu marido modificasse de alguma forma, o seu sentimento e comportamento? O relato da Sra. T. era repleto de amargura e dor. Todos poderiam também imaginar que, para o seu marido se transformar tanto, deveria haver algum problema com a Sra. T. Eu também pensei, e perguntei-lhe a respeito dela própria e da sua maneira de ser no lar. Porém, não foi possível ver nela nenhum defeito ou falha. Era formada no Colégio Feminino, do sistema antigo, e embora mostrasse ares de intelectual, tinha uma ótima feminilidade. 

Não deveria ser fira com o marido. E nem indicava deixá-lo insatisfeito. Como esta o seu primeiro marido?Perguntei-lhe, acreditando ser muito azar que ela houvesse se casado duas vezes com homens mulherengos. Sei bem como vai, porque ele mora na vizinhança. Pouco depois de nos divorciarmos, casou-se novamente e parou por completo com a infidelidade e hoje, com sete filhos, é muito sério e responsável. Não consigo entender como somente quando estava comigo ele foi acometido por aquela loucura por mulheres contando isso, a Senhora T. tornou-se ainda mais sombria. Eu não tinha palavras para consolá-la e, por isso, tentei explicar-lhe que, de qualquer maneira, sua salvação estava em se compenetrar no Caminho da Fé. 

Ouvindo o seu relato, não consigo captar exatamente que afinidade a senhora tem para sofrer tanto, mas acho que tem uma grande dívida com Deus e, por causa disso, é que sofre tanto. Esforçar-se em realizar as tarefas divinas para o bem da sociedade e da humanidade, significa pagar essas dívidas. Portanto, quero que se empenhe seriamente no servir. Dentro de pouco tempo, a Vontade Divina se tornará clara e assim você saberá como agir. Se permanecer sem fazer nada, os sofrimentos somente aumentarão, e a salvação será impossível. 

Desde então, a Sra. T. que, com certeza, estava a ponto de se agarrar a qualquer palha, reconheceu, sinceramente, a sua afinidade negativa e começou a se esforçar na dedicação á Obra Divina. Iniciou pelo encaminhamento de dezenas de pessoas e continuou ministrando johrei a centenas delas, fazendo-as ingressar na igreja. Em diversas oportunidades, relatei o andamento do caso ao Rev. Shibuí e recebi suas orientações. Muito bem. Acho que essa Senhora T. teve outro namorado antes do primeiro casamento. Deve ter abandonado esse rapaz que lhe nutria sentimentos e casou-se com outro. Aquele que se viu desprezado poderá estar ainda sofrendo pelo abandono e está extremamente arrasado. 

Esse sofrimento pode ter gerado uma maldição e esta ter formado um corpo espiritual, que encosta no homem com a qual a Sra. T. se relaciona, e acaba até criando nele paixões por mulheres, fazendo-a sofrer. O primeiro marido, apesar de ter sido acometido desta loucura, ao ter-se separado da Senhora T., não recebeu mais influência deste espírito amaldiçoado. E, por isso, está feliz com outro lar. E veja o segundo casamento da Sra. T., o novo marido também iniciou repentinamente os casos extraconjugais. Isso significa que aquela maldição ainda permanece rondando essa mulher explicou-me o Reverendo. 

Embora achasse razão em suas palavras, não conseguia convencer-me por completo. Sentia até vontade de duvidar. Entretanto, pouco depois, em Fukuyoma, no Estado de Hiroshima, outro caso e pude reconhecer as palavras do Rev.Shuibuí. A dona de um pequeno restaurante, uma senhora gorda, comunicou-me seu sofrimento. Meu marido é doente, mas não quer parar de praticar um relacionamento sexual que já está parecendo loucura. Traz moças para casa e as abraça e beija na minha frente, como que se exibindo. Caso, querendo evitar ver, eu tentei fugir, ele me bati, me dá pontapés, e começa uma violenta anarquia. Por eu haver também cometido uma grande falta ao me relacionar com vários homens e não poder evitar o que está acontecendo, procuro me resignar. Mas já está passando dos limites. Seu relato era muito parecido com o da Sra. T., após contar exatamente como era o caso da Senhora T., perguntei-lhe: Por acaso não teve alguém que se interessou séria e verdadeiramente pela sua pessoa, mas que a senhora acabou desprezando? Sim, acho que é isso. Deve ter sido pela inexperiência da juventude, mas por ter sido muito bajulada pelos homens, algumas vezes acabei brincando com o sentimento deles. 

Será que não é a maldição disso que está influenciando o seu marido? Espantada pela severidade com que se concretizavam as afinidades, a dona do restaurante prometeu se dedicar á Obra de Deus. Infelizmente, por não ter oportunidade posterior de visitar Fukuyama, não sei como ficou o marido dela. A Sra. T. começou a se aprofundar e a firmarem-se na Fé, e sem precisar quando, a loucura sexual do marido começou a abrandar. Acreditei que era porque a espiritualidade da Sra. T. se elevara e, por isso a influência do espírito negativo deixara de ser forte. 

Porém apesar da satisfação da Senhora T. ela acabou contraindo um reumatismo, que deixou o seu tornozelo mais inchado que o joelho, trazendo-lhe grandes dores e dificultando-a no andar. Na palavra do Mestre, reumatismo (ryleu-ma-ti, em Japonês) é causado pelo sangue diabólico do dragão (ryuu=dragão; ma=diabo, ti= sangue) e muitas vezes, provém da solidificação de alguma maldição. 

Ao ouvir esse Ensinamento, senti que a afinidade da Sra.T. estava por terminar. O sangue se maculara pelo espírito da maldição, descera até os pés, e agora a praga estaria sendo eliminada pela inflamação e purulação. Tendo como limite o reumatismo da Sra.T., o marido se transformou a tal ponto que era difícil dizer que tivesse até hoje pouco perdido a cabeça com mulheres e, começou a cuidar da doença dela. Porém, levou anos para a Sra.T., ver-se livre deste reumatismo. Todo o sangue purulento saíra através do johrei; os dois pés ficaram enrugados e a doença cedeu até se fixar em um pequeno ponto. 

E com isso se firmou uma nova vida alegre e o relacionamento conjugal se tornou satisfatório de corpo e alma. Apesar de ser um casal no início da velhice, ambos tinham saúde e o seu amor era profundo, não demonstrando em nada sem passado sombrio. “Não seja odiado. Não seja invejado” Foi o que nos ensinou o Mestre. Certamente, a maldição e a inveja ultrapassam o tempo e o espaço e apresentam várias maneiras de agir. Podemos sentir o quanto são horríveis essas maldições. 

Devo acrescentar que a Senhora T. está perto dos oitenta anos e o seu marido com cerca de noventa, mas se encontram saudáveis e felizes. 



Fonte: Livro/ “Cem Estórias da minha Fé”
(Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
1 Edição/Julho 1987 – Vol. II/ São Paulo/SP.
Autor: Katsuiti Watanabe
Igreja Messiânica Mundial do Brasil
Pág.(61/68)






Meu Jejum de Doze Dias 

Em setembro de 1947, o calor remanescente do verão continuava incomodamente. Parte para a cidade de Ono, na Península de Tita, para realizar um Curso de Formação de Novos Membros. Sakakibara, um jovem que mais tarde se tornou meu genro, desenvolvia atividades de difusão naquela localidade e organizou aquele encontro. A aula terminou ainda no período de manhã e, no almoço, repentinamente, não consegui comer mais nada. 

Na mesa, estava servindo um prato predileto meu “Kamaague-udon”, (uma espécie de macarrão ensopado). Comi uma pequena quantidade e, quando parti para a segunda porção, já não me passava nada pela garganta. Normalmente, como com facilidade, três porções desse prato. Procurando um meio de melhorar as cólicas tomei chá. Mas nem este eu conseguia engolir. Fisicamente, não havia nenhuma causa aparente e na verdade, não conseguia entender o porquê daquela situação. Porém, não sentia nenhuma dor ou sofrimento, e nem estava cansado, necessitando de repouso. Minha programação estava organizada sem muita folga, por isso, parti rumo à outra cidade perto, para participar de um aprimoramento para os membros. 

Pude falar sem nenhuma dificuldade. Encerrando a aula, fui convidado a jantar. Novamente, não consegui engolir um só bocado, sendo também impossível tomar um gole sequer de chá. Trouxeram-me, então, melancia e outros frutos que, igualmente não passaram pela garganta. Sentia-me um pouco pesado, mas não tinha indisposição. Passou-se uma noite e, na manhã seguinte, também não consegui comer nada. Mesmo assim não tinha fome. Junto com Sakakibara, segui para Tokoname, cidade da próxima atividade, deslocando-nos de bicicleta. Na sala de aula, estavam reunidas uma 30 pessoas. A essa altura, uma dor generalizada havia invadido todo o meu corpo; estava quase inconsciente. Não tive outro jeito senão deitar-me em outro cômodo. A cabeceira, Sakakibara ministrava-me johrei. 

Por volta do meio-dia despertei. Levantei-me sobressaltado, cônscio da importante missão que me levara aquele lugar. O mal-estar havia desaparecido. Dirigi-me á sala de aula, palestrei e ministrei johrei. Portei-me exatamente como se, estivesse em condições normais. Seguindo a programação, ainda no mesmo dia partimos para o próximo local de atividades. E, dessa forma, continuando em jejum, ia me deslocando para as outras cidades. No quinto dia, percorremos um percurso de 12 quilômetros, vencendo a corrida de ida e volta de bicicleta, até a cidade de Shigaki, no extremo da Península Tita. Embora não tivesse comido nem bebido nada durante vários dias, eu achava incrível como conseguia, sem sacrifício nenhum, percorrer os locais das atividades. 

Procurando a segurança de minha saúde, as pessoas que me restavam assistência, pediam-me para descansar. Sugeriram que eu mandasse algum representante, mas recusei. Isto porque desapontaria as pessoas que me aguardavam e, mesmo quando me posicionava perante os ouvintes, durante os encontros, meu corpo ficava no estado normal. Tinha plena confiança de que poderia cumprir toda a programação, conforme o previsto, caso me prestassem assistência somente na locomoção de um local para outro. No oitavo dia, despedi-me de Sakakibara e me dirigi á vila ao norte da cidade de Guifu. Ali, serviram-me truta assada, pude comer metade do peixe, mas continuava sem poder ingerir o chá. 

Esperava-me, na noite daquele dia, uma aula de aprimoramento na cidade de Guifu. Precisava, portanto, voltar naquele mesmo dia para lá. Percorri os quatro quilômetros de distância, como um bêbado, de bicicleta. A essa altura, os olhos já estavam fundos, o corpo estava dormente, incrivelmente sonolento, e em qualquer oportunidade, dormia a sono solto. E, mesmo assim, uma vez que comparecia diante das pessoas, conseguia falar e ministrar johrei durante horas seguidas. E quando todos os membros iam embora, imediatamente caía no sono. Continuava, entretanto, sem sentir fome, embora, no nono dia, somente um gole de chá tinha podido passar pela garganta. 

No décimo dia, levando comigo um discípulo chamado Kawabata, dirigi-me a Kawane, no Estado de Shizuoka. Em Kanaya fizemos baldeação para o local de destino, numa linha férrea que margeava o rio Ooi. Da estação até a hospedaria Fujita, locais da aula de aprimoramento percorreram a pé, por uma estrada que nos foi indicada como a mais certa até o nosso destino. Como ladeava o rio, a estrada possuía pedras, em grande quantidade, do tamanho de uma bola de futebol, atrapalhando o caminhar. A distância não deveria ter mais de um quilômetro, mas para mim, parece quatro vezes mais longa. 

Logo que cheguei, tomei um banho e adormeci antes pedindo que me acordassem quando chegasse a hora da aula. Pude concluir, sem problemas, a programação dessa noite e do dia seguinte. Parti, combali ente, em meio a uma forte chuva, e o vento impedia-me de utilizar o guarda-chuva que me emprestaram, e as botas de borracha que também me cederam fora inúteis. Envolto no vendaval, caminhei aos tropeções pela estrada pedregosa da beira-rio, até a estação. Quando embarquei no trem de volta, fui acometido de uma tremenda dor de cabeça. Levamos uma hora até Kanaya e, neste período, Kawabata permaneceu a meu lado, ministrando-me johrei. A dor não cedeu nem um pouco. Aliás, havia recebido johrei com muitas pessoas, mas não provocava nenhuma reação, nenhum resultado. A minha única esperança era receber johrei do Ver. Shibuí, a quem deveria visitar em seguida. 

Á tarde ao chegar ao Solar da Montanha Preciosa (Hozan- So) Ali, antes da segunda Guerra Mundial, residia o Mestre e depois se tornou residência do Rev. Shibuí. Consegui chegar, mas, por se encontrar acamado, convalescendo de uma grave doença, o Rev. Shibuí não pode ministrar-me johrei. Solicitei então, ao Rev. Iwamatsu, veterano superior a mim, que ministrou johrei por cerca de duas horas. A febre está enclausurada na sua cabeça disse-me. Porém, a dor continuava sem ceder. Deve ser possível com algo que goste nem que seja um pouco sugeriram as pessoas que me visitavam e prepararam macarrão para mim. Mesmo este, a partir do segundo locado, não passava e querendo tomar chá, coloquei-o na hora, mas conseguia engolir. 

Apesar de tudo a sua resistência física é espetacular, hem? Diziam todos, muito admirados. Consultei várias pessoas e estas me disseram desconhecer esta doença que tirava o apetite, apesar de todo o resto do corpo permanecer normal. No décimo segundo dia, fui a Hakone, participei da entrevista com o Mestre, fui convidado para o jantar que se realizou logo após. Neste momento, já não sentia mais dores de cabeça e, além disso, estava com a sensação de um enorme vazio na barriga. Senti que aquilo que fora obrigado a suportar, foi purificado e eliminado com a simples participação na entrevista com o Mestre. O jantar era á base de pratos da culinária chinesa. Normalmente, alguém que tenha passado por um jejum de dez dias não conseguiu na primeira difusão, comer muito, mas eu apesar de passar doze dias sem me alimentar comi de tudo que me foi oferecido e ainda achei insuficiente. 

Acabei me servindo de seis tigelas cheias de arroz juntamente com iguarias gordurosas. Comi, apesar de duvidar se poderia comer tanto. O arroz, como nunca havia sentindo me parecer muito saboroso. Consegui comer e, sem ter nenhum distúrbio intestinal ou estomacal, recuperei rapidamente as minhas forças físicas. Tanto o jejum quanto a rapidez na recuperação foram fatos inacreditáveis. Mesmo porque, durante o jejum, não tivera nenhum impedimento para realizar minha missão na Obra Divina. 

Impedido somente de comer, sentia que em relação á dedicação á Obra Divina, estava sendo repreendido por Deus. Eu não era eu mesmo, sendo movido por Deus e, nesses doze dias, senti que não poderia ficar sem servir á Causa Divina. Não consegui distinguir qual purificação ocorreu em minha cabeça, mas, creio que pela purificação física e pelo servir, recebi a permissão de me recuperar na ocasião do jantar com Meishu-Sama. Essa incrível experiência aprofundou minha convicção da dedicação á Obra Divina. Isto, porque pude sentir na minha própria pele que quando dedicamos empenhando a nossa vida, manifesta-se uma estranha força e que, diante de qualquer obstáculo, receberemos a proteção de Deus. 

Todos me disseram, unânimes que eu chegava aos locais de aprimoramento cambaleante, mas uma vez perante os membros eu me portava como em meus dias normais. E, além disso, está fora da compreensão normal como pude comer tanto daquele jeito, após um jejum prolongado. A purificação ocorrida nesses doze dias deu-me uma grande força, como experiência inesquecível na minha vida de fé. 



Fonte: Livro/ “Cem Estórias de minha Fé”
(Fundação Mokiti Okada)
Vol. II – 1. Edição /Julho/1987
São Paulo/SP.
Pág.(142/148)
Autor: Revmo. Katsuiti Watanabe
(Igreja Messiânica Mundial do Brasil)






A Afinidade do local com a Obra Divina 


Por mais que se compenetre nas atividades de difusão, surgem infindáveis problemas que levam até á sua interdição, e que fazem refletir se é porque o tempo certo ainda não havia chegado, ou porque a espiritualidade ainda é baixa, ou se é a Vontade Divina. Sinto que nisso há uma atuação de algo invisível. Isto aconteceu por volta de 1949. Na época, o Miroku-Kai era um dos grupos sustentáculos da difusão da igreja e o Reverendo Iwamatsu era responsável pela região leste e adjacências. 

Porém, quando o Reverendo Iwamatsu purificou de prurido cutâneo, fui indicado para substituí-lo. Assim, todas as vezes que se realizavam aprimoramentos na região centro, eu me dirigia também á região leste, como seu representante. Certa vez, pediram-me para dar uma aula na cidade de Fukui, e me dirigi para lá. Programando tudo para acontecer após o término das aulas em Kanazawa. Não tinha conhecimento do Ministro de Fukui, mas soubera que ele dedicava nas atividades de difusão fervorosamente e que, a pedido dele, relataram que haveria mais de trinta participantes e alguém viria até a estação me buscar. Além disso, chegou ás minhas mãos, o endereço onde se realizaria a aula. Terminando o meu roteiro, cheguei a Fukui no horário previsto. Na estação, percebi que não havia ninguém á minha espera. 

Esperei por um bom tempo sem que aparecesse alguém. Pensando que tivesse acontecido alguma coisa, fui até o local onde a aula era prevista. Nós não estamos sabendo de nada. Foi a resposta do dono da casa, que se mostrava constrangido com o ocorrido. Ele desconhecia o que se relacionava com aquela aula de aprimoramento. Bem, de qualquer maneira, se houve uma combinação, este Ministro deve aparecer logo. Não quer esperar mais um pouco me disse o homem, muito atenciosamente. Sem nenhuma alternativa, esperei por duas horas, mas ninguém apareceu. 

Era impossível ser um simples engano, uma vez que tudo tinha sido muito bem planejado. Fora pedido de um Ministro. Só pude deduzir que esse pedido era uma mentira. Não soube desvendar porque haveria necessidade de tal inverdade. Foi algo muito misterioso. Externei meus agradecimentos ao dono da casa, e voltei para Nagoya, com sentimento de insatisfação. Há ainda outras coisas de difícil compreensão. Desde essa época até 1956, os responsáveis das filiais da igreja nos Estados de Ishikawa e Fukui que estavam em posição de responsabilidade, morriam um após o outro, infalivelmente, de alguma doença desconhecida. 

Em várias cidades, como Takefu e Ono, foram estabelecidas filiais de nossa igreja e para lá se dirigiam meus discípulos, mas todos eles faleceram. Só de uma igreja, foram oito ou nove e, juntando-se aos outros, quinze ou dezesseis Ministros pareceram todos eles em plena vigor para o trabalho. Pensava que era algo que não podia resolver simplesmente, achando ser uma coincidência. 

1956 foi o ano em que a Segunda Líder Espiritual da nossa Igreja, Nidai-Sama, realizou sua viagem missionária por todo o Japão. Realizou a consolidação da fé dos membros (implantação da visão sobre Deus) após ascensão de nosso Mestre. Ela pregou que se nos limitássemos á fé ao ser humano, não poderíamos desenvolver a fé que poderia vivificar verdadeiramente os Ensinamentos do Mestre. Na viagem missionária de Nidai-Sama á região central, eu também pude acompanhá-la. Nessa oportunidade, deixei-lhe relatado que naquela região falecera grande número de responsáveis de filiais da igreja. Depois dessa visita missionária, a morte misteriosa dos Ministros cessou por completo e a difusão mostrou um repentino desenvolvimento. E quando se efetuou a unificação da igreja em 1974, a proporção mais alta do número de membros por habitantes, se verificou justamente no Estado de Fukui, que antigamente apresentava dificuldades nas atividades de Difusão. 

Um progresso desta natureza era além do esperado. Deve ter sido a influência positiva do dragão do Rio Kuzuryu. Mais um episódio que faz lembrar a afinidade do local, é o caso do dissídio na região de Kyushu. Logo após a ascensão do Mestre, várias igrejas se tornaram dissidentes. Em Kyshu, especialmente cinco deles evadiram-se sob duas facções separatistas. A maioria destas cinco igrejas estava firmemente filiada a estas duas facções. Após isso não houve mais dissidências, mas para o restante que permaneceu fiel, a orientação central se tornou um tanto difícil de ser introduzida. Porventura, fui nomeado Diretor do departamento de Difusão da igreja e solicitei á Sede Geral a implantação do sistema de Sedes Regionais para o bem das pessoas das localidades como aquela descrita. Raciocinei que, com a instituição de um órgão auto-administrado, além de se incrementar a força ativa da região, o mesmo iria desempenhar um papel importante na consolidação da missão baseada na fé, fortalecendo o eixo com o centro da orientação. 

Em 1964, foram estabelecidas três Sedes Regionais: em Kyush, em Shikoku e em Hokkaido. Era, na verdade a base para unificação da igreja e um teste. Através da orientação da Sede Geral, toda a Sede Regional manifestou sua força e capacidade, eliminando, dessa maneira, as diferenças nestas localidades. Nos locais onde a unidade ideológica da igreja não existia, ocorriam dificuldades complexas de tal sorte que se tornavam um entrave para a construção do Paraíso Terrestre. Porém, hoje que a igreja conseguiu a sua unificação, pode ocorrer estarem enraizada pequenos problemas locais, mas eu confio que no decorrer dos dias eles desapareçam. 



Fonte: Livro/ “Cem Estórias da minha Fé”
(Fundação Mokiti Okada – M.O. A)
1. Edição – Julho/ 1987 – São Paulo/SP. Vol. II
Pág.(168/172)
Autor: Revmo. Katsuiti Watanabe